Uma célula viva se parece muito com uma indústria química. Ela recebe matérias primas do ambiente, os nutrientes, e descarrega os rejeitos no ambiente. Claro que os rejeitos celulares podem conter substâncias úteis para o homem, por exemplo, o etanol, o ácido acético, etc. Algumas das substâncias excretadas pelas células visa adequar os materiais existentes no meio para a utilização pelas células, este é o caso das exoenzimas, ou hostilizar células invasoras de outras espécies, este é o caso dos antibióticos. É bom ressaltar que, o termo célula viva abrange os microrganismos e as células teciduais.
O número de reações que ocorrem dentro das células é da ordem dos milhares, algo em torno de cinco mil. Praticamente todas as reações são catalisada por enzimas específicos. Dentro das células ocorrem transferencias de materiais por difusão e convecção, mas a maioria dos transportes é mediado por proteinas. É por isso que as células vivas não apenas se parecem com indústrias químicas como foi dito acima, mas são de fato indústrias químicas microscópicas já que o seu tamanho é da ordem do mícron.
A engenharia metabólica mexe com estas reações de forma a colocar o metabolismo celular a serviço do homem. Para isso, é necessário um bom conhecimento do fluxograma metabolismo celular. Acontece, porém, que o fluxograma dos processos que ocorrem no interior das células ainda não está totalmente decifrado, existem buracos, mas o que se sabe são informações de poucas células, a bactéria Escherichia coli e a levedura Sacharomyces cerevisae, extrapoladas para todos outros tipos de células. Sem estas informações a engenharia metabólica não existe ou existe em bases muito precárias.
Como as alterações promovidas pelo engenheiro metabólico só fazem sentido se forem transmitidas na reprodução celular de uma geração para outra, a engenharia metabólica e a engenharia genética são irmãs siamesas. Desconfio que ninguém vai conseguir separá-las. A melhor forma de mexer na malha de transformações metabolicas é mexendo no DNA.
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