Esta recebi por e-mail de meu amigo Sebastião José de Melo, pesquisador de produtos naturais.
Conta-se que Rui Barbosa, "O Águia de Haya", um dia ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, deparou com um ladrão com a mão na massa, pronto pra levar seus patos de criação.
Ele, Rui, aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono!
Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo...
Mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, completamente confuso, diz:
- Dotô, eu levo ou deixo os pato?...
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