terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Aproximação de Boussinesq
Esta é uma aproximação da equação do movimento direcionada a escoamentos causados por pequenas diferenças de densidades como acontece na convecção natural. Serve, também para modelar ondas longas em superfícies de líquidos.
A condição de validade desta aproximação é que a diferença de densidade seja pequena. O que realmente importa é que esta diferença possa ser desprezada. Vale também para escoamento bifásicos tipo líquido-líquido, respeitada a condição de baixa diferença de densidade. Ela é também usada nos movimentos atmosféricos e oceânicos. No caso de movimento gás-líquido esta aproximação não se aplica. A causa da diferença de densidade tanto pode ser uma diferença de temperatura como uma diferença de composição.
A equação de Boussinesq com duas variáveis independentes pode ser escrita da seguinte forma
A condição para uso da equação de Boussinesq é que o número de Richardson, que é a razão entre as energias potencial e cinética seja próximo da unidade. Se for muito menor o empuxo é insuficiente, se for muito maior a energia cinética é insuficiente.
O número de Richardson serve como fronteira entre as convecção natural e forçada. Abaixo de um é convecção forçada e acima de um convecção natural natural. Na aeronáutica este número serve para delimitar regimes de escoamento (laminar/turbulento).
Joseph Valentin Boussinesq nasceu em 13 de março de 1842. Ele foi um matemático-físico francês que contribuiu para significativamente para o desenvolvimento da hidrodinâmica, calor e luz. A partir de 1872 até 1886 ensinou cálculo diferencial e integral. Em 1896 ingressou na Faculdade de Ciência de Paris onde ensinou mecânica até a sua aposentadoria em 1918. Morreu em 13 de março de 1929.
sábado, 8 de junho de 2013
Açucares redutores e não redutores
A glucose é um açúcar redutor pois tem o grupo aldeído. Já a maltose não possui o grupo aldeído, mas, em solução, o grupo aldeído aparece por isomerismo. A sacarose é um exemplo de açúcar não redutor, que, por hidrólise, produz dois açucares redutores, a glucose e a frutose que possuem o grupo aldeído.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Reatores químicos
Acima está um conversor de amônia KAAP. Este reator processa a reação entre o hidrogênio e o nitrogênio para formar a amônia, que é o produto desejado. A reação ocorre em condições de temperatura e pressão elevadas na presença de um catalisador específico a base de ferro.
Também não são considerados reatores químicos os equipamentos que realizam reações em escala industrial com a finalidade exclusiva de produção de energia. Por exemplo, a fornalha que queima óleo para produção de vapor não é um reator, mas a fornalha que queima óleo para a produção de negro de fumo é.
Acima está uma fornalha geradora de vapor. São exceções as réplicas, em pequena escala de reatores industriais, destinados à simulação, pesquisa e desenvolvimento do equipamento industrial.
Em princípio qualquer equipamento industrial pode ser um reator químico, pois a reação pode ser realizada numa válvula misturadora, numa coluna de destilação, num bico ejetor, etc. Obviamente, a principal restrição é que a reação seja intencional e que vise a transformação química de matérias primas em produtos comercializáveis.
Aerossóis
Qualquer partícula em suspensão na atmosfera é conhecida como aerossol. As partículas podem ser líquidas e sólidas.
A faixa de tamanhos dos aerossóis vai de 0,001 mícron até 100 mícrones. Aerossóis até 10 mícrones demoram para sedimentar e a partir deste tamanho a sedimentação ocorre em minutos.
Os aerossóis constituídos por células vivas são chamados bioaerossóis e abrange os vírus, as bactérias, os polens, os ácaros, etc.
Os aerossóis mais finos são formados por combustão e seus tamanhos vão até 2,5 mícrones. São exemplos as fumaças e fuligens. Os menores aerossóis são as fumaças metalúrgicas cujos tamanhos podem ficar abaixo de 0,01 mícron. A fumaça metalúrgica, por exemplo, produz aerossóis com tamanhos inferiores a 0,01 mícron Os aerossóis mais grosseiros são produzidos por erosão e impactos e são maiores do que 2,5 mícrones. Um eixo girando num mancal produz partículas de graxa e metal por erosão. A descarga produz partículas de água misturada com fezes e urinas por impacto. Daí a recomendação de que a descarga seja feita com a tampa fechada.
Como os processos de formação são diferenciados, a curva de distribuição de tamanhos pode ser bi ou, até mesmo trimodal. Cada pico está ligado a forma de formação das partículas.
Na engenharia química os aerossóis estão ligados a qualidade do ar nos diversos ambientes de trabalho. Eles são gerados não apenas na linha de produção, mas também no ambiente administrativo.
sábado, 13 de abril de 2013
Fluidos reopéticos e tixotrópicos
Os fluidos são classificados pela relação entre a tensão e a taxa de deformação em newtonianos e não-newtonianos. Os fluidos newtonianos se caracterizam pela linearidade entre a tensão de cisalhamento e o tensor taxa de deformação. O fator de proporcionalidade é a viscosidade do fluido. Esta relação é conhecida como lei da viscosidade de Newton.
Nos fluidos não-newtonianos esta relação é não linear e a viscosidade perde o seu sentido. De uma forma geral
É possível linearizar a função não-newtoniana num ponto e definir uma “viscosidade aparente” neste ponto a partir da função linearizada. Aqui duas situações são possíveis: a viscosidade cresce com a taxa de deformação ou a viscosidade decresce com a taxa de deformação. No primeiro caso, o fluido é classificado como dilatante e, no segundo, como pseudoplásticos. Eles não apresentam histerese.
Até aqui foram considerados o comportamento da viscosidade com a taxa de deformação assumindo que o ajuste seria instantâneo. Alguns fluidos, porém, levam um tempo para atingir a viscosidade de equilíbrio. Estes fluidos cujas viscosidades variam com o transcorrer do tempo a taxa de deformação constante são chamados de reopéticos e tixotrópicos. Eles apresentam o fenômeno conhecido como histerese. Nos fluidos tixotrópicos a viscosidade decresce com a taxa de deformação e nos fluidos e nos fluidos reopéticos a velocidade cresce com a taxa de deformação.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Pontos singulares de EDO de segunda ordem
Se os limites
forem finitos o ponto x0 será denominado ponto ordinário da equação diferencial. Se um ou ambos os limites convergirem o ponto x0 será um ponto singular da equação. Neste caso, os limites a seguir serão analisados:
Se um destes limites divergir, o ponto singular o ponto singular é dito essencial ou não removível. Se os limites convergirem para um valor finito o ponto singular será dito regular ou removível. Para verificar se infinito é ponto ordinário ou singular basta fazer a mudança de variável
E repetir a análise acima para z = 0. A seguir algumas equações e seus respectivos pontos singulares.
1. Equação hipergeométrica
Esta equação tem pontos singulares regulares em 0, 1 e infinito. Todos os demais pontos são ordinários. Ela não tem nenhum ponto singular essencial.
2. Equação de Legendre
Os pontos singulares regulares desta equação são -1, +1 e infinito. Não tem ponto singular essencial. Todos os demais pontos são ordinários.
3. Chebishev
A equação de Chebishev tem as mesmas singularidades regulares encontradas em Legendre, isto é, em -1, +1 e infinito. Não possui singularidade essencial
4. Confluente hipergeométrica
Esta equação tem um ponto singular removível em zero e outro ponto singular não removível em infinito. Os demais pontos são ordinários.
5. Bessel
Esta equação tem um ponto singular removível em zero e um ponto singular não removível em infinito. Todos os demais pontos são ordinários.
6. Laguerre
Os pontos singulares são zero e infinito. O ponto zero é uma singularidade regular e o ponto infinito é uma singularidade irregular. Todos os demais pontos são ordinários.
7. Oscilador harmônico simples
O ponto singular essencial estão localizado no infinito. Todos os demais pontos são pontos ordinários.
8. Hermite
Tem um ponto singular não removível no infinito. Todos os demais pontos são ordinários.
E dai? Tudo vai depender de onde está colocada a condição inicial. Nos pontos ordinários o simples desenvolvimento em série produz o par de soluções analíticas linearmente independentes. Nos pontos singulares regulares o método a ser usado é o de Frobenius. Simplesmente desenvolver em série de potencia não vai funcionar. Se a condição inicial cair num ponto singular irregular é bronca.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Composição do gás natural
É variável, por isso a composição é dada a seguir é dada por faixas de valores.
Metano 70% a 90%
Etano 0% a 20%
Propano Traço
Butano Traço
Gás carbônico 0% a 8%
Oxigênio 0% a 0,2%
Nitrogênio 0% a 5%
Gás sulfidrico 0% a 5%
Gases raros Traço