quarta-feira, 25 de março de 2009

O gêlo que queima

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Como sempre faço todos os dias, leio cedinho o noticiário do dia, circulando pela Internet e percorrendo diversas fontes de informações, uma boa parte sobre engenharia e ciência. Uma delas é o Science Daily onde me deparei com o gêlo que queima que pode ser uma fonte importante de energia para o homem.

O gêlo que queima nada mais é do que hidrato de metano onde o metano fica “engaiolado” dentro do cristal de gêlo, sendo também conhecido como clatrato de metano ou gêlo de metano.Os clatratos de água são erroneamente conhecidos como hidratos, causando confusão com acúcares. Para que o gêlo de metano queime basta acender um fósforo e encostar nele. Eram vistos como um problema porque atacavam os dutos que se usavam para extrair gás natural. Hoje são tratados como futuras grandes fontes de energia. Maiores inclusive que as existentes na forma de bolsões de gás natural. Maiores inclusive que o restante dos hidrocarbonetos somados.

O hidrato de metano se forma quando o metano (gás natural) se mistura com água em baixas temperaturas e elevadas pressões. Estas condições ocorrem nos fundo dos oceanos. O que acontece é que estão sendo descobertas enormes jazidas nos oceanos onde o gás está na forma de hidrato de gás. Também pode ser encontrado nas camadas mais profundas do gêlo ártico. Isso despertou o interesse do U.S. Geological Survey, cujos pesquisadores estimaram que 85,4 trilhões de pés cubicos de gás natural poderiam ser extraidos do hidrato de metano existente no Alasca, suficiente para abastecer 100 milhões de lares durante uma década.

A composição média do hidrato de metano é de 1 mol de metano para cada 5,75 moles de água. No entanto a composição depende de quantas moleculas de metano cabem nas várias gaiolas ou cavidade formadas no cristal de gêlo. Estima-se que um quilo de hidrato de metano sólido contenha em média 187 litros de metano gasoso.

Para retirar o metano contido no hidrato basta despressurizar os depósitos. Outro método é substituir o metano pelo dióxido de carbono na estrutura do clatrato. A exploração segue a tradicional perfuração usada na exploração do petróleo e gas.

ScienceDaily (Mar. 24, 2009)

2 comentários:

  1. Já havia lido sobre isso e dizem ser uma das grandes esperanças em substituição às fontes esgotáveis de pétróleo. O problema é a sua recuperação...

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  2. Já pensou? O pessoal jogando gelo na caldeira. Brincadeira!!!

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