terça-feira, 31 de março de 2009

EDO 005 – Equações incompletas

Considere novamente a equação diferencial de primeira ordem em sua forma geral

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Para que a equação acima seja uma equação diferencial, o único termo de presença realmente obrigatória é a derivada.

CASO 1 – Equações sem a variável independente

Se faltar a variável independente, t, a equação fica

 

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Se a equação representar um sistema dinâmico, a presença da variável independente, t, na equação indica existe um agente externo atuando sobre o sistema. Neste caso o sistema é dito não autônomo. A ausência da variável independente indica ausência de um agente externo agindo sobre o sistema. Neste caso, o sistema é dito autônomo.

a) derivada explicitável

Se a derivada for explicitável, então a equação acima  fica

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Para resolvê-la basta realizar a quadratura

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Exemplo – Considere a equação

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Neste caso,

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b) derivada não explicitável

O problema surge quando não há como explicitar a derivada. Neste caso o roteiro é outro e envolve a definição das funções paramétricas

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Estas funções devem ser tais que

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Neste caso, a seguinte relação é muito útil:

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Integrando em relação a x (variável paramétrica) resulta

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A solução geral será o par de equações.

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Se for possível eliminar a variável para métrica x obtém-se a solução geral na forma habitual. O que fica bem claro é que as equações paramétricas dependem da escolha de p(x) e q(x). O exemplo a seguir ilustra isso.

Exemplo – Considere a equação diferencial

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Não foi testado se a derivada pode ser explicitada, mas a impressão que se tem é que, se for, a explicitação vai exigir um bocado de algebrismo. Isso, porém, não importa no momento em que apenas o método de solução está sendo considerado. Olhando para equação um possível par de equações paramétricas é:

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Inserindo na equação diferencial observa-se fácilmente que ela se transforma na identidade

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Seguindo o roteiro escrito acima tem-se que:

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Integrando resulta

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A solução geral da equação deste exemplo é, portanto, dada pelo par paramétrico

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CASO 2 - Equações sem a função desconhecida

A forma geral destas equações é

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A situação é bem parecida com o caso anterior.

a) Derivada explicitável

Se a derivada for explicitável, então,

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A solução geral pode ser obtida por uma simples quadratura, que pode não ser tão simples.

Exemplo – Considere a equação

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Por uma simples integração resulta

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Então a solução geral desta equação é

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b) Derivada não explicitável

Se a derivada não puder ser explicitada temos um caso semelhante ao anterior. Logo,

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O roteiro a seguir é um pouco modificado. Fazendo:

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Integrando resulta:

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Então a solução édada pelo par

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Esta é a solução geral procurada.

CASO 3 – A equação só possui a derivada

Se a equação contiver apenas a derivada

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Trata-se de uma equação que deve ser resolvida como uma equação algébrica resultando um valor numérico para a derivada. Este valor pode existir ou não. Se existir pode ser um ou mais de um. Não importa, seja k este valor. Neste caso,

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Integrando aparece como solução

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Neste caso,

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Inserindo esta relação na equação original obtém-se a solução geral

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Esta é a equação da família de curvas a um parâmetro que satisfaz esta equação diferencial. Sendo, portanto, a solução geral da equação.

Exemplo – Considere a equação diferencial

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Esta equação só contém a derivada e cai no caso acima. Então basta substituir a derivada para obter a solução geral

 

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