As indústria químicas são indústrias de transformação onde a matéria prima é transformada em produtos úteis por meio de reações químicas.
A definição de indústria química no sentido mais restrito obriga que a reação seja o agente transformador. Por exemplo, na síntese da amônia, o hidrogênio reage com o nitrogênio para formar a amônia. Na escala industrial a reação é realizada num reator especialmente desenhado conhecido como conversor de amônia. Neste equipamento, a mistura hidrogênio-nitrogênio percola leitos catalíticos onde a reação ocorre. A fabrica de amônia é, portanto uma indústria química na acepção exata do termo.
Se o produto não for resultado da reação, a indústria não será uma indústria química mesmo que reações nela ocorram. Um exemplo é a fábrica de celulose. A matéria prima é a madeira e o produto desejado é a celulose um dos componentes da madeira. Para obter a celulose a madeira é digerida com soda. A soda ataca a lignina transformando-a em lignato de sódio solúvel. A lixívia preta é separada como rejeito e a celulose é o produto desejado nas fábricas de papel e celulose. A fábrica de celulose não é uma indústria química na acepção exata do termo, mas isso não é obvio. A similaridade é grande. As indústrias que parecem ser indústrias, mas não são, recebem o nome de industrias paraquímicas.
Digestor continuo de polpa para produção de papel pelo processo kraft.
A definição correta da engenharia química é, portanto, a modalidade de engenharia que projeta indústrias químicas e paraquímicas.